Vaga de estágio em tecnologia - uma conversa que nos fez refletir sobre o tempo e a era digital

Anderson Previatti • 23 de outubro de 2025

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Ontem, dia 22 de outubro de 2025, realizamos em Piracicaba o processo de seleção para uma vaga de estágio em tecnologia.


Era mais um daqueles dias comuns de entrevistas, mas acabou se tornando um daqueles momentos que fazem a gente parar e pensar sobre o tempo, a vida e o ritmo com que o mundo vem mudando.


Em determinado momento da conversa, um dos candidatos comentou, com naturalidade:


A primeira versão do Windows que eu usei foi o Windows 7.


Na mesma hora, eu e o Caio nos olhamos e, quase em uníssono, pensamos:


Caramba! Quando a gente começou, nem Windows existia.” Confesso que neste momento a expressão do entrevistado foi de espanto. E não, ele não nos chamou de "velhos". rs


Continuando... a sala ficou em silêncio por alguns segundos. E nesse breve intervalo, deu pra sentir o peso - e a beleza - do tempo passando.


A geração analógica e o espanto do tempo

Esse pequeno comentário foi o gatilho para uma reflexão profunda: nós realmente somos os últimos da geração analógica.


Fomos criados em um mundo onde o computador ainda era uma novidade, a internet fazia barulho para conectar, e aprender a programar significava lidar com telas pretas e linhas intermináveis de código.

Durante uma seleção de estágio em tecnologia em Piracicaba, uma simples lembrança sobre o Windows 7 despertou uma reflexão sobre o tempo, gerações e o avanço exponencial da tecnologia.

Hoje, quem entra em uma vaga de estágio em tecnologia já nasce com o digital na palma da mão. Os atalhos, as interfaces, os sistemas e até a nuvem fazem parte de um ambiente natural. Para eles, o computador não é uma ferramenta - é uma extensão do pensamento.


Enquanto nós precisávamos entender o “porquê” das coisas funcionarem, essa nova geração simplesmente faz funcionar.


E isso não é um contraste de mérito, mas de tempo.


A velocidade exponencial da tecnologia

O comentário do candidato sobre o Windows 7 parece pequeno, mas representa uma mudança gigantesca de contexto.


Do MS-DOS ao Windows 11, da conexão discada à fibra óptica, da internet local à nuvem global, a velocidade da tecnologia se tornou exponencial.


Se antes uma nova versão de software levava anos para chegar, hoje o mundo muda em questão de meses. Atualizações, frameworks, linguagens, tudo se transforma o tempo todo.


E é curioso perceber que, enquanto o código fica mais rápido, nós continuamos tentando acompanhar o ritmo humano da compreensão.


A tecnologia cresce em progressão geométrica - mas nossa capacidade de absorver ainda é linear. É por isso que momentos como esse, em meio a uma entrevista, se tornam tão simbólicos: eles nos lembram que o tempo está correndo, mas também que ainda há espaço para respirar e refletir.


Do Windows ao pensamento em nuvem

Quando começamos, a tecnologia era física. Instalar um programa significava inserir disquetes ou CDs, configurar drivers, lidar com erros.


Hoje, tudo acontece na nuvem, no clique, no toque.


A experiência de quem viveu o analógico não é apenas técnica - é filosófica.


Aprendemos que cada linha de código carrega uma intenção, e que cada sistema nasce de um processo de pensamento.


Essa bagagem é o que mantém a tecnologia com alma, mesmo em um mundo onde a inteligência artificial começa a escrever códigos e processar ideias por nós.


Ver jovens que cresceram no digital nos inspira, mas também nos faz lembrar de onde viemos.


E entender isso é essencial para quem lidera, desenvolve e forma novas gerações na área.


O tempo, a pausa e a continuidade

A seleção de estágio em Piracicaba foi, na prática, mais do que uma entrevista.


Foi um espelho.


Enquanto falávamos sobre linguagens, frameworks e lógica de programação, o tempo se mostrava como o verdadeiro protagonista.


Em um mundo que valoriza tanto a pressa, parar para perceber o tempo é quase um ato de resistência.


E talvez essa seja a principal lição que a tecnologia ainda pode nos ensinar: entre uma vírgula e um ponto, existe a pausa que mantém tudo funcionando com qualidade.


Assim como no código, onde o ponto e vírgula define o ritmo da execução, na vida também precisamos de pausas para compreender o que está sendo construído.


O progresso não está apenas em avançar - está em entender o que significa cada linha do que estamos escrevendo.


O tempo da tecnologia e o tempo da vida

Sair de uma entrevista com a sensação de ter aprendido algo é raro.


Mas ontem, em Piracicaba, essa sensação foi real.


Um simples comentário sobre o Windows 7 nos lembrou que o tempo é o maior desenvolvedor de todos.


A tecnologia evolui, os sistemas se transformam, os frameworks mudam - mas o que continua sendo essencial é a consciência de quem programa, ensina e cria.


Ser da geração analógica é carregar o valor do “entender antes de fazer”.


E é justamente essa mentalidade que pode dar equilíbrio à pressa exponencial do digital.


O futuro pertence aos que aprendem rápido, mas o legado fica com quem aprendeu a pensar.


E foi ali, em meio a currículos, códigos e memórias, que percebemos: o tempo é o verdadeiro sistema operacional da vida.

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